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Falha-me aqui a pachorra para dar explicações sobre esse título.

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2

Amo-vos a todas vós,

Raparigas, vers. 1 e 2. etc.

A respeito da palavra rapariga de que usou o sr. dr. Antônio Feliciano Castilho na esmerada tradução dos Amores de Ovídio, ouçamos o que diz, com aquele vasto saber e erudição de que é tão vantajosamente cheio, o seu digno irmão o sr. dr. José Feliciano de Castilho, em uma das preciosas notas da Grinalda Ovidiana, com que deu maior valor àquela tradução:

Rapariga! rapariga! Santo breve de marca! que palavra tão plebéia!


Sim?! Ora que tem, senhores acoimadores, que dizer de rapariga, para a proibirem aos poetas? quanto a nós, não só é palavra decente (não obstante o tomar-se em algumas partes de Portugal, como termo de pouco mais ou menos, no Brasil se atirar às escravas), senão que a temos por muito graciosa e eufônica. Não sabemos vocábulo nosso, dando sentido que traz, muitras vezes, nas poesias namoradas dos latinos, o diminutivo puella. Chamarem pobre à língua (que não o é), e depois quererem proscrever dela, sem nehuma razão, termos necessários, formosos e gentis, é contradição que não se absolve, etc, etc.

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3

Do rio gigante, que tira o seu nome

Daquela guerreiras dos tempos d'além, vers. 5 e 6.

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4

Pois bem; das florestas, das matas virentes,

A mão da ventura me trouxe até aqui, vers. 13 e 14.

Declaro, entretanto, que não sou neto de nenhum Botucudo.

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5

O calote.

O original é o seguinte, ignoro o nome do autor:

La promenade

Aprés ma journée faite,

je m'en fus promener;

en mon chemin rencontre

une fille à mon gré.

Je las pris as main blanche,

dans les bois je l'ai menée.

Quant elle fut dans les bois,

elle se mit à pleurer:

«Ah! qu'avez-vous la belle?

Qu'avez-vous à pleurer?»

«Je pleure mon innocence...

Que vous allez m'ôter.»

«Ne pleurez pas tant, la belle,

je vous la laisserai.»

Je la pris par sa main blanche

dans les champs je l'ai menée.

Quand elle fut dans les champs,

elle se mit à chanter.

«Ah! qu'avez-vous la belle?

Qu'avez-vous à chanter».

Je chante votre bêtise

de me laisser aller;

quand on tenait la poule,

il fallai la plumer.»



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6

O seu desdém não mereço...

Olhe... vê... como ingordeço? - vers. 8 e 9.

Não foi a força da consoante que ali pôs aquele ingordeço, acreditem.

O fato deu-se e a ingênua não sabia gramática (o que não admira, porque gramática não é para todos). Aqui tinha eu pano para mangas se quisesse tomar contas a certo literatos a barbas enxutas, como aquele chama o sr. Alexandre Herculano a esses quindnas da família dos parlapatães. Mas, Deus lhes perdoe, já que, como diz ainda o mesmo senhor, são eruditos que lendo ainda por abixo, passam nas trevas como a coruja.

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